Ontem estava na rua e um gajo com mau aspecto aproximou-se. Perguntei-lhe:
- Amigo, há crise?
Ele respondeu:
- Sim, há crise. O plano Bush não foi aprovado. Posso roubar-te a carteira?
- Claro, amigo mendigo! Leva, leva...
E o sujeito abriu o guarda-chuva e desapareceu pelo meio das nuvens.
Fiquei lixado com o Bush. Se não fosse ele, o simpático assaltante não me tinha ficado com a carteira. Ainda durante o dia de ontem, resolvi reagir. Meti-me no avião e voei até Washington D.C. (o que significa que a cidade foi fundada depois de Cristo). Consegui ir à cabine dos pilotos e perguntei-lhes:
- Aqui há gato?
Eles responderam de pronto:
- Sim, aqui há gato, tremoços e cajús.
- É um saquinho de cajús, se faz favor! – e sentei-me ao lado daquele bombista afegão (que me ofereceu o seu Al-sant-al de maçã).
Cheguei a Washington e fui falar com o Obama.
- Então Obama, há crise?
- Pois há mesmo! Se não bazas, daqui a nada, começa a haver crise!
E eu bazei. O Obama tem quase 3 metros e é filho do Mike Tyson. Resolvi falar com o Mccain. Esse candidato, tal como o nome indica, é o pai do Mc Hammer. Para iniciar a conversa, perguntei-lhe o que achava da crise americana. Respondeu me com um:
- What? I don´t understand italian!
A conversa ficou por aí. Finalmente, o grande passo – desloquei-me à Casa Branca (sim...eu sei que tem nome de casa de meninas). Bush significa aqueles pelinhos que temos bem...em baixo...hmm... pintelhos. Para simplificar, vou tratá-lo por sr. Pintelho.
- Então pintelho, ouvi dizer que os bancos estão sem guito.
- É verdade, o Saddam sacou o dinheiro todo, através do Inferno. Temos de voltar a enforcá-lo.
- Como vão matá-lo outra vez?
O sr. Pintelho ficou a pensar, coçou o pintelho, olhou-me com uma expressão séria e disse-me:
- Temos de matar alguém que vá para o Inferno. Depois de estar no Inferno, mata o Saddam.
- Está a pensar em quem?
- Em si!
E matou-me. Fui parar ao Inferno. Cumprimentei o Pavarotti, o Paul Newman e o Henrique Mendes. E o Saddam? Nem sinal dele! Rebentou com o Purgatório e entrou no Paraíso às escondidas. Como não encontrei o Saddam, resolvi ressuscitar.
- Nem sinal do Saddam. Tem de matar alguém alguém que vá para o Paraíso.
- Pois...isso é complicado. O melhor é mesmo esprestarmos dinheiro aos bancos.
- Mas isso foi recusado ainda há pouco.
- Ah, então está bem!
Abriu uma gaveta, tirou de lá uma caixa forrada a veludo, abriu-a com suspense e perguntou-me:
- Vai um rebuçadinho?
A caixa estava cheia de rebuçadinhos de fruta. Escolhi um de morango e o sr. Pintelho não me deixou tirar. Mau!
Regressei ao meu país. Continua a crise. Ao menos, já valeu a pena ir aos EUA. Fiquei a conhecer o culpado – Saddam (sempre ele!). Grrrrr... (um finalzinho clichet, não acham?)
Sem comentários:
Enviar um comentário