24.12.08

Carta ao Pai Natal


Olá, meu amigo Pai Natal! Este ano resolvi escrever-te esta carta. Mais ninguém pode lê-la, além de ti. Por isso é que escrevi neste blog. Aqui ninguém lê. Sempre é mais seguro que interior do meu colchão, onde vivem milhares de baratas cheias de sabedoria e com grande poder para a leitura. Então é assim, ó Pai Natal! Vou-te dizer o que quero, mas não te vais pôr aí no armanço a dizer "ah, não te dou isso" e essas cenas.

Belo Pai Natal, eu sei que não me podes oferecer muitas coisas, ultimamente. Desde que começaram a falar daquilo da Casa Pia, tu tens sido mais sovina. Tens medo de ir preso, como o Ferreira Dinis (que tem uma barba igual à tua). Então isto é assim:

- Ó Pai Natal, quero um bigode maior. O meu está pequenino, como o do Hitler. Só que não está tão centrado como o dele. Com um bigode maior consigo engatar mais moças. Ficam malucas e arrancam-mo à dentada. Por isso é que ele está assim pequeno. Mas quero um maior, tá? Então tá bem.

- Ó Pai Natal, dá-me um boneco daqueles feios do Incrível Hulk. Ok? Ah, pois é. Eles ainda não fabricam. O gajo está em Portugal há pouco tempo e só marcou 2 ou 3 golos. Mas, quando começarem a fabricar, diz-me tá bem? E dá-me um. Tá? Tá bem? Ahhh? Então tá bem.

- Ó Pai Natal, dá asas aos velhinhos! Os velhinhos andam o dia todo aí a empatar. A solução perfeita para eles era dar-lhes asas. Era uma prenda para eles mas, também, para mim. Ficava a parte nova do sociedade a viver rente ao chão e os velhinhos uns metrinho acima. Mais ou menos como a sociedade dos gafanhotos. Tá bem então.

- Ó Pai Natal, quero que me dês ouro, incenso e mirra. Gostava de me sentir como o menino Jesus. Era mais pelo ouro. O incenso guardava para queimar no carro, para cheirar bem. A mirra queimava e dava de comer aos porcos. Com o ouro tinha 2 opções. Ou vendia, ou andava com ele ao pescoço. Acho que andava com o ouro ao pescoço. Só para mandar pinta. Mas, às vezes, tem de ser.

- Ó Pai Natal, dá-me o S. Pedro, para ser meu refém. O gajo anda maluco lá com a merda do tempo. Nos dias de frio, chove. E nas noites de orvalho, neva. (Não era bem isto que queria dizer.) Assim controlava o clima do Mundo. Mandava logo chuva para aqueles países com a maniazinha do calor. Era só para aprenderem e para não se armarem. Para nós também mandava chuva. Tou de baixa e quando tou de baixa gosto de ficar em casa a ouvir a chuvinha, enquanto coço a bolinha esquerda e mamo um tremoço.

- Ó Pai Natal, para vigiar o S. Pedro, queria que me desses um sem-abrigo. O mais esfarrapado que encontrares. É a pessoa indicada e com mais vontade de lhe dar pancada. Podia ser que o S. Pedro parasse com a palhaçada que tem feito no clima. Tá bem?

- Para acabar, ó Pai Natal(!), quero um cão que fale. Tinha um que fazia isso, mas um dia fiquei nervoso, durante uma discussão de futebol e, no dia a seguir, atropelei-o. Só tinha as patas da frente e chamava-se Faísca. Queria um novo, com as 4 patas, ou 3 vá lá... Tem de ser do meu clube e saber ler-me as legendas. Vai ser o Bobi. Dás-me isto tudo, ó Pai Natal?

Espero que sim. Senão olha...é um Natal sem finice.

Um bom Natal para todos. Uma Natal especial para aqueles que não são esquerdinos. Os esquerdinos são obras do diabo. Cuidado com essa gente.

P.s.: Mas a carta meto-a aqui e pronto? Já fica? Ou é preciso ir aos correios e escrever lá o teu nome? Já agora, manda-me o teu endereço. Assim, se for preciso mando-te para lá. Quando me mandares o endereço, envia-me também o dos gnomos, ok? Há gnomas bem boas. Há gnomas bem boas.

2 comentários:

mim disse...

FELIZ NATAL rapioqueiro! :p

Fallen disse...

Kakakakakakaka! É a primeira vez que te venho ler (eu sei, sou uma rafeira), mas fodasse, parti-me logo a rir com as tuas bacoradas!! Ah grande mestre!! Quem escreve assim não é gago!! :)