16.4.08

Big e Sumol


No outro dia, depois do jantar, apeteceu-me mijar. Nada de anormal...pensam vocês. Olhei para a sanita e, ao contrário do que costuma acontecer, deparei-me que esta estava mais longe do meu campo de visão que o normal. "Porque será?" - perguntaria o Jardel. Como não sou tão burro quanto o Jardel, cheguei à conclusão muito rapidamente.

Nesse dia estava com a minha roupinha de Domingo - fato-de-treino, sapatilha de basquete, meia branca e uma cruz de ouro ao peito. Então, quando me vi deparado com essa distância face à sanita, tirei as minhas próprias conclusões. Concluí que o Alberto João Jardim é mesmo um grande maluco e também apercebi-me que a minha pilinha é o meu orgulho. Mas isso tudo já eu sabia. O que não sabia e reparei nesse momento solene foi que o calçado com solas altas dificultam o acto de mijar. Aquela sanita parecia que estava noutro continente. Não falo de continentes geográficos. Estou mesmo a referir-me à cadeia de hipermercados do Belmiro. Era como se a minha coisinha estivesse no Continente da Senhora da Hora e a retrete estivesse no Continente de V.N. de Gaia.

Sou daqueles indivíduos perfeccionistas a fazer o chichi. Sempre numa linha recta perfeita e sempre a acertar em cheio no alvo. Quando vou a uma casa-de-banho pública e vejo chichi no chão penso: "Por este andar, e com a cavalgada de preços da petróleo, é bem certo que o preço das matérias-primas suba mesmo!". Em simultâneo também penso: "Fo**-se lá para estes gajos que mijam isto tudo! Porcos do cara***!". Agora, depois de ter mijado com as sapatilhas de basquete calçadas, estou solidário com esses senhores. Não é nada fácil! Tive uma luta desigual com a minha pilinha e devo admitir, com muita vergonha, que a minha coisinha conseguiu vencer. Entornei o chão com sete gotinhas.

Irmãos altos e irmãos-que-usam-sapatilhas-de-basquete-para-mijar, estou solidário convosco! Junto-me, desde já, à vossa luta.

Depois temos casos mais dramáticos. Passo a explicar. Já imaginaram uma pessoa alta a mijar, com sapatilhas de basquete calçadas? É um remix explosivo. E mais ainda! Já imaginaram um alto a mijar, com sapatilhas de basquete calçadas e bêbado? Pois é... Isto é um drama e o pior é que o Governo não faz nada. Não sei se as meninas que lerem este texto conseguem entender o drama. Vou tentar demonstrar o tamanho do drama, para que também as moçoilas nos entendam.

Para os "pilas", o acto de fazer chichi é uma experiência de glorificação, um acto solene e uma sensação que, por vezes, nem o melhor orgasmo lhe consegue fazer frente. Mas, para isto acontecer, é essencial uma coisa. Self-control. O homem tem de conseguir comandar as operações, qual bombeiro a combater um fogo numa casinha de rés-do-chão. Se o incêndio estiver em andares superiores...esquece.

Chego à conclusão, depois desta experiência que me marcou, que é bom não ser alto. Além do mais, as pessoas baixas fazem coisas mais finices que as altas. Os altos não conseguem jogar ao berlinde como os baixos. E para apalpar as moças? Os altos conseguem chegar lá? Claro que não! Os pigmeus, como eu, podem apalpar sem terem de se esticar e ainda têm a vantagem de não serem apanhados. Normalmente é o gajo mais alto que está atrás de mim que leva com o estalo. Ah...e há mais! Os baixos são, sem dúvida, mais queridos, fofos, inteligentes e badalhocos.

De qualquer forma: amigos altos, estou convosco!

Agora outro assunto importante. Que merda foi aquela de entregarem o Prémio Latinidade 2008 ao Luís Miguel Cintra? Então eu não merecia muito mais que esse gajo? Haverá alguém que trabalhe mais na Latinidade e Latinice que moi-même? Fiquei desapontado. Cá para mim, esses gajos têm cunhas. Mas ainda assim não percebo. Quem tem cunhas é cunhado. Logo, só pode ganhar o Prémio Latinidade quem for cunhado de alguém. Sabem o que me lixa? É que eu sou cunhado e a mim ninguém me dá prémios. Cambada de gatunos!

Até já...vou mijar.

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