Temos um partido original e corajoso, aqui em Portugal. É um partido com ideais muito próprios. Até hoje, ainda não nos tinham explicado o porquê de tais ideais, mas finalmente descobri a razão de tão nobres medidas que anunciam para o país. A razão principal disso tudo é o facto de serem um partido (hoje, assumidamente) homossexual. Não que eu tenha algo contra isso, mas já podiam ter dito há mais tempo. Trata se do PNR - Partido dos Nazis Rabetas (até aqui camuflado com outro nome). Finalmente, foi descoberta a verdadeira identidade!
Hoje, saiu para a rua uma nova campanha desses senhores(as). É uma campanha que diz, de uma forma directa, que os emigrantes devem sair do nosso país. Qualquer pessoa que pense assim, só pode estar ligada ao movimento gay. Estranho? Passo já a explicar.
O que é que os homens mais gostam (e que os faz ser ainda mais machos, assim como eu)? O futebol! Já pensaram no nosso campeonato sem brasileiros, africanos, argentinos, espanhóis ou mesmo sri lankianos? Era impossível. Quem pensa assim, não gosta de futebol! E quem não gosta de futebol o que é? Exacto, só pode ser homogay. Deus m´a libre termos um campeonato assim! Ainda por cima, o Scolari e o Deco tinham de ir embora. Qualquer dia nem chamavam o Pepe à equipa das quinas! Era o que mais faltava. Estes PNRs, se não gostam de futebol, ao menos que estejam quietinhos. Madaíl, tem cuidado com estes gajos!
Quem é que não gosta de picanha? Das duas uma, ou os vegetarianos ou então os homogays. E quem é que faz a picanha melhor que ninguém? Os brazucas. Lá ficávamos sem picanha, se os nossos irmãos fossem embora. Como os vegetarianos ainda aproveitam o feijão, a mandioca, a paparoca e a fofoca, só resta concluir que só os gays é que não gostam de picanha. Disso e da caipirinha. Por isso mesmo, os brasileiros não podem ir embora. Nem os brasileiros nem as brasileiras. Ah pois...os PNRs não reparam nas brasileiras...são de outro campeonato.
E as lojas de chineses? Ia tudo embora e depois como é que um gajo se safava? Gajo que é gajo gosta de ir a uma loja dessas e comprar chaves de mecânico (a 2€), lanternas (a 1€), martelinhos (2,5€ em inox) ou mesmo uma prenda para oferecer à namorada. Mas os PNRs não gostam dessas coisas. Mexer em carros, usar lanternas, dar umas marteladas, ter uma namorada? Ui que horror! Eles não gostam dessas coisas. São actividades de macho, dizem. As lojas de chineses são para homens de pêlo no peito e para mulheres de buço na benta. E os restaurantes deles também. Aquilo é comida para homens com N maiúsculo. Quem não quer nada disso é porque é homohomem.
Adoro ir às feiras. Gosto disso porque lá posso comprar coisas em madeira assim todas malucas para decorar a minha casa. Aqueles Zulus, os elefantes de madeira, os tabuleiros de xadrez em madeira, o típico bonequinho africano... As miúdas que vão a minha casa passam-se com isso. Digo-lhes que sou coleccionador e elas caem sempre nessa cantiga. Os PNRs não apreciam essas coisas. A onda deles é mais quadros bem pintadinhos, florzinhas e jarrinhas, bonequinhos de porcelana, vasinhos, cortininhas cor-de-rosinhas e mais coisas lindas e bonitas assim. O que se pode concluir de um gajo que decora assim a casa? Claro está!
Sem futebol, mulheres jeitosas, comida à homem, ferramentas baratas, coisas de madeira, picanhas e caipirinhas, afinal o que é que resta a um gajo? Pois é...
Estes senhores(as) são homogays, e hoje assumiram-no pela primeira vez. Podiam era ter feito um cartaz mais explícito, escusavam de ter vergonha. A homossexualidade, ao contrário do racismo e da xenofobia, não é motivo de vergonha. Possivelmente, alguns homossexuais poderão ler este texto e tenho a certeza ABSOLUTA que não se sentirão ofendidos com o que leram. Por outro turno, os PNRs levarão a mal. Há uma diferença aqui nestes dois casos. É que ser homossexual não envolve falta de inteligência, ser racista envolve (sem qualquer tipo de dúvida) falta de muita massa cinzenta.
Tratem-se, senhores PNRs! Ainda vão a tempo.
"Pequena" nota:
Artigo 13.º
(Princípio da igualdade)
1. Todos os cidadãos têm a mesma dignidade social e são iguais perante a lei.
2. Ninguém pode ser privilegiado, beneficiado, prejudicado, privado de qualquer direito ou isento de qualquer dever em razão de ascendência, sexo, raça, língua, território de origem, religião, convicções políticas ou ideológicas, instrução, situação económica, condição social ou orientação sexual.
Artigo 15.º
(Estrangeiros, apátridas, cidadãos europeus)
1. Os estrangeiros e os apátridas que se encontrem ou residam em Portugal gozam dos direitos e estão sujeitos aos deveres do cidadão português.
Fonte: Constituição da República Portuguesa.
Investiguem o senhor do cartaz!
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