Veni Vidi Vici...ados

No outro dia, comprei um maço de cigarros. Gosto muito de cigarros. Deitam fumo e evitam uma doença chamada Traça. Mas só compro cigarros americanos. Dizem que os americanos são os melhores cigarros do Mundo. Também acho, porque vêm da América. Se viessem de Cuba não seriam bons cigarros. Cuba só sabe fazer charutos, prender os senhores do Afeganistão e, também, não fica na América.

Comprei um Marlboro (sei escrever bem) e fiquei muito triste com os americanos. Então não é que eles têm escrito, em letras muito pequeninas, que fumar daquilo deixa um gajo agarrado? Isto é bem verdade. Em cima no maço diz Veni Vidi Vici. Ainda por cima não tiveram a lata de acabar a parte final. Podiam escrever logo o Viciado e ninguém levava a mal. Eram mais honestos. A frase é italiana e significa “Vem! Vinde! Viciados!”. É uma falta de respeito. Uma pessoa a comprar os pirolitos para evitar a Traça e eles ainda têm a lata de dizer que aquilo vicia. Por acaso sou muito bom de cabeça e não me deixo levar por isso. Só fumo um maço de tabaco por dia. Se me viciasse ia ser bonito… Já mandei uma carta ao presidente da América. Enganei-me porque, disseram-me ontem, já não é o Ronaldo Reagan. Acho que é um Jorge qualquer coisa agora. Não lhe mando carta porque não gosto do nome Jorge. É nome de artista de circo e de palhaços estou eu farto. Espero que o Ronaldo Reagan fale com o outro presidente. Ao menos que completem o Viciado. Assim não andam a enganar as pessoas.

O Ventil é mais ordinário. Por isso não fumo disso. Diz Primus Inter Pares. Vê-se logo que é português. Ordinarice rasca. Era preciso falar de sexo num maço?! Ainda por cima com primos à mistura. Vergonha. Recuso-me a fumar disso. Para além disso são pequeninos e eu gosto de tudo à grande.

Uma pouca-vergonha as caixas de tabaco. Se não fosse a Traça, deixava-me disso.

Há pouco tempo aconteceu-me uma coisa estranha. Estava a comer 3 bifes, meio quilo de batatas, 10 pães, 2 garrafas de vinho (daquele jeitoso), 4 pudins, bebi um café e 2 copos de uísque. A minha cheirosa acompanhante disse-me “Mais vale sustentar um burro a pão-de-ló!”. Ri-me mas não percebi. Não consegui dormir a noite toda a pensar nessa frase. A semana passada comprei um burro e desde aí que o tenho alimentado a pão-de-ló de Ovar (daquele maciozinho, sem buraco). Deixei de comer muito para poder alimentar o burro, para ver se alguma coisa acontecia. Até agora, não se passou nada. Ando cheio de fome e continuo sem saber porquê que mais vale sustentar um burro a pão-de-ló.

A minha vida é um engano. Vou deixar de fumar para que a Traça me mate. Assim, vou ser mais feliz.
O Figo é um excelente jogador e um óptimo fruto (seco de preferência).